Lojistas de Sapiranga fazem apelo ao Governo do Estado por retomada do funcionamento do comércio
CDL Sapiranga apresenta ofício ao governador Eduardo Leite, clamando por uma revisão nas medidas que impactam negativamente todo o segmento causando desemprego, demissões em massa e falências
Mesmo cumprindo todas as normas de segurança sanitária, o varejo de Sapiranga foi obrigado novamente a fechar as suas portas diante do decreto mais recente, publicado em 20 de junho de 2020. A entidade que representa o varejo no município, a CDL Sapiranga, entende a importância dos cuidados de prevenção a propagação da COVID-19, mas ao mesmo tempo busca um equilíbrio a fim de que a medida não gere uma situação insustentável de fechamento do comércio e prestadores de serviços. Inúmeros prejuízos já foram sofridos pelos comerciantes durante o período de quase trinta dias, entre março e abril, no qual os estabelecimentos em geral se mantiveram fechados em Sapiranga.
“Rogamos que seja viabilizada uma flexibilização mesmo na vigência da bandeira vermelha, permitindo que todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços possam exercer suas atividades econômicas, da forma como vinha ocorrendo na bandeira laranja. Caso não seja possível, que seja, no mínimo, viabilizado o exercício da atividade econômica para todos os empreendedores, mesmo que haja mais restrições e reduções de horário, jornada de trabalho, seja através da autorização do trabalho via tele entrega e tele busca, para que se possa dar continuidade ao exercício do direito constitucional fundamental que assegura o trabalho a todos, viabilizando a retomada da economia e, além disso, para evitar que ocorra a quebra das empresas e demissões em massa”, afirmou em nota a presidente da CDL Sapirnga, Clarice Strassburger.
O documento ressalta, ainda que todo e qualquer trabalho é essencial.
“Caso não fosse trabalho ou serviço essencial, não existiria e nem seria desenvolvido. O que se quer dizer, é que qualquer trabalho que provê o pão de cada dia na mesa é um trabalho essencial, pois todos trabalham para manter a sua sobrevivência, da família, gerar empregos, provendo a vida de vários cidadãos”, completa.
A CDL de Sapiranga tem pleno conhecimento que estamos enfrentando uma pandemia mundial em virtude do coronavírus e a entidade reconhece a atenção e todos os cuidados que estão sendo tomados com a saúde pública, mas tem muita preocupação com as graves consequências que já estão sendo enfrentadas pelos comerciantes, prestadores de serviços e indústrias locais. Com o fechamento dos estabelecimentos comerciais, ocorrerá o fechamento definitivo ou quebra das empresas, acarretando na extinção de empregos ou postos de trabalho, ocasionando no aumento da criminalidade, miséria, furtos, roubos, saques, além da fome, e colocará em risco a própria vida da pessoa, o que é o maior direito constitucional. Importante destacar que os próprios órgãos públicos sofrerão prejuízos irreparáveis com o fechamento das empresas, pois a base tributária é a concretização de um negócio jurídico e sem qualquer transação não haverá arrecadação. Destaca-se que mais de 90% das empresas em geral localizadas em Sapiranga são de pequeno e médio porte, que não possuem reservas econômicas para se manterem por mais de 20 dias, sem exercer a sua atividade profissional.
Ressalta-se, que os proprietários dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, desde o início, vem cumprindo, na íntegra, todos os protocolos e as disposições constantes nos decretos estadual e municipal, no que se refere as medidas de higiene e sanitárias a serem seguidas nos comércios e serviços, ou seja, estão cumprindo de forma rigorosa o dever legal imposto de combate ao corona vírus. Além disso, não existe qualquer indicador a demonstrar a ocorrência de qualquer contágio de coronavírus, seja em estabelecimento comercial ou em local de prestação de serviços, pois nestes locais não existe aglomeração de pessoas. Portanto, não é o fechamento do comércio e serviços que vai fazer com que o covid 19 não se dissemine, mas sim, devem ser tomadas medidas para conscientizar os cidadãos sobre as medidas a serem tomadas para evitar o contágio.
Assim, a CDL de Sapiranga seguirá cumprindo a sua missão de defender os interesses de seus associados e interceder em representação a eles junto ao setor público ou privado, diante de qualquer adversidade imposta e, neste momento, lutará para garantir que seja devolvido aos setores do comércio e serviços de Sapiranga o direito de trabalhar, de manter abertos os estabelecimentos comerciais e de serviços, justamente para geração de mais empregos, renda para as pessoas e para o município, com a manutenção da dignidade de todos.
Redação: Marcelo Matusiak
Fonte: CDL SAPIRANGA