Novo sistema de monitoramento da pandemia amplia colaboração e simplifica protocolos, anuncia governador
Mais colaboração, transparência e simplificação. A partir dessas diretrizes, o governo do Estado desenvolveu, em diálogo com a sociedade, o novo sistema de monitoramento da pandemia no Rio Grande do Sul. Batizado de Sistema 3As – Aviso, Alerta e Ação –, a ferramenta foi apresentada nesta sexta-feira (14/5) a deputados, prefeitos, entidades e técnicos pelo governador Eduardo Leite e entra em vigor à 0h deste domingo (16/5).
O novo sistema substitui o modelo pioneiro e inovador de Distanciamento Controlado, que entrou em uso no dia 10 de maio do ano passado, e foi construído para que pudessem ser aplicadas restrições no momento, na proporção e no local adequados, sempre priorizando a preservação da vida, mas buscando conciliar com a manutenção das atividades econômicas no Rio Grande do Sul.
Passado um ano, o governo entendeu que o modelo cumpriu seu papel e que o atual momento exige um sistema mais simples e com maior participação das regiões e dos municípios na definição dos protocolos das atividades. No entanto, sem deixar de se basear em critérios sanitários, mas à luz das novas evidências científicas.
“Aperfeiçoamos o sistema para intensificarmos a adesão das prefeituras e da população e aplicarmos novos padrões de monitoramento, como os indicadores de vacinação. Afinal, temos uma nova realidade depois de um ano de modelo de Distanciamento Controlado e aprendemos muito sobre a pandemia, como monitorar melhor os vários indicadores, e passamos a ter uma leitura melhor dos dados por parte da nossa equipe técnica. Acredito que todos aprenderam muito, inclusive os prefeitos e toda a sociedade, nos permitindo agora revisar o sistema, simplificando tanto o monitoramento quanto os protocolos”, afirmou o governador.
O decreto que oficializará a criação e as regras do Sistema 3As deve ser publicado ao longo do sábado (15/5).
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A partir dele, o principal objetivo do governo é que o enfrentamento à pandemia seja uma ação conjunta: a equipe técnica estadual realizará o monitoramento dos dados, determinando regras mínimas obrigatórias, informando as regiões com alertas e exigindo tomada de ação em caso de necessidade, permanecendo em contato com as equipes técnicas regionais.
“Há muita responsabilidade no que estamos fazendo. Não é uma flexibilização aleatória, não é uma concessão em função de pressões políticas. Nosso interesse é ter melhor engajamento das autoridades. Não adianta ficarmos desperdiçando nossa energia em confrontos e conflitos enquanto a população é afetada pela pandemia. Precisamos ter o máximo de coordenação, de composição, e esse modelo vai ajudar, temos consciência e convicção, a ter mais condição de articulação”, explicou Leite.
Uma das premissas, a simplificação de protocolos, envolve o agrupamento de atividades em 42 grupos, separadas por nível de risco – médio/baixo, médio e alto. Quanto maior o risco, maior o nível de rigidez dos protocolos. No modelo anterior, havia previsão de regras para 143 atividades.
Por outro lado, os municípios terão de se organizar, reforçar suas equipes em espécies de Gabinetes de Crise regionais para acompanhar os boletins diários, estabelecer os protocolos e agir com a responsabilidade que a pandemia exige – equilibrando a preservação da vida com a atividade econômica, sempre com a supervisão do Estado.
Regiões já estão sendo monitoradas
Até as 23h59 deste sábado (15/5), todo o RS deve seguir cumprindo os protocolos de bandeira vermelha do Distanciamento Controlado. No entanto, como o monitoramento pelo Estado é ininterrupto, algumas regiões já chamam a atenção, podendo receber a primeiro dos 3As, o Aviso, caso a tendência de agravamento prossiga.
Segundo destacou o governador durante a reunião com deputados, prefeitos e entidades, as regiões de Santo Ângelo, Ijuí e Cachoeira do Sul apresentam piora significativa em indicadores da pandemia, como número de casos confirmados, internações em UTIs e óbitos por Covid.
No entanto, a decisão de emitir Aviso para qualquer região só será tomada após reunião do grupo de trabalho (GT) Saúde. A princípio, os encontros semanais de avaliação ocorrerão nas terças-feiras, mas podem ser convocadas a qualquer momento, quando necessário. O Alerta e a Ação dependerão do Gabinete de Crise, que seguirá se reunindo pelo menos duas vezes por semana, mas que pode ser convocado pelo governador ou pelo GT Saúde sempre que necessário.