Dia de Sensibilização e Enfrentamento da Violência Contra a Mulher: Relacionamento Abusivo não é amor

Ciúme exagerado, controle, isolamento de família e amigos, querer senhas de celular e redes sociais, humilhação, culpabilização. Essas são algumas atitudes, dentre outras, que vemos muito presente nos relacionamentos adultos e adolescentes na nossa sociedade e que podem ser sinais de um relacionamento abusivo. Em função disso, o Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) de Campo Bom realizou nesta quarta-feira, 29, o Dia de Sensibilização e Enfrentamento da Violência Contra a Mulher,alusivo ao mês de sanção da Lei Maria da Penha, com a temática voltada para os Relacionamentos Abusivos.

Uma equipe composta por profissionais especializados na temática de violação de direitos esteve disponível no Largo Irmãos Vetter, abordando, conversando e orientando cerca de 300 pessoas sobre essa temática tão importante e presente em todas as faixas etárias. “A maior parte das situações de violência contra a mulher que acionam a Lei Maria da Penha tiveram sua origem em relacionamentos abusivos que culminaram em violência grave com o passar do tempo, inclusive podendo levar a morte”, explica o titular da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, Eduardo Assmann. Durante a ação, os profissionais entregaram ainda cerca 150 mudas de flores. 

Números alarmantes

Nos primeiros seis meses deste ano, passaram pelo CREAS de Campo Bom 55 situações de violência contra mulher, levando em consideração que ainda há uma grande maioria de situações cuja a violência não é denunciada, seja ela psicológica, física, sexual, entre outras.

Tendo em vista o grande número de casos de violência contra mulher em nosso município, o CREAS, como órgão de proteção, deseja trazer à tona características de relacionamentos insalubres, visando o fortalecimento de mulheres, prevenção de novas situação de violência e conscientização de todos para uma sociedade menos violenta.

Aqui vão alguns sinais de Relacionamentos Abusivos que devemos prestar atenção:

Inferiorização: companheiro faz piadas a seu respeito na frente de amigos ou familiares, utiliza apelidos maldosos ou faz com que você se sinta inferior, insegura e dependente.

Proibições: dita regras sobre quando sair, com quem conviver, o que vestir e como se portar.

Isolamento: você sente que tem que pedir permissão para sair e estar com amigos e familiares. Não gosta que você converse com outras pessoas.

Presença de violência: verbal, física, psicológica ou sexual.

Controle: controla seu salário ou como vocês gasta o seu dinheiro; liga para saber onde você está, frequentemente.

Culpabilização: você acaba se sentindo culpada por todas as brigas e conflitos.

Manipulação: diz que você é “louca” ou “burra” e você se sente “pisando em ovos” diante de desentendimentos.

Desrespeito a outras mulheres: demonstra falta de consideração com mãe, irmãs e outras mulheres de seu convívio.

O primeiro passo é reconhecer um relacionamento abusivo. Após, busque ajuda com pessoas de confiança e com profissionais (Disque 180, Delegacias, CREAS, Ministério Público). Sempre lembrando que violência psicológica também é crime!
Crédito das fotos: Fernanda Hescher

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