“Esse tema certamente será usado pelos nossos adversários”, disse Gleisi Hoffmann
Na campanha presidencial de 2022, a liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) prefere deixar em segundo plano a discussão sobre corrupção.
Esse tema certamente será usado pelos nossos adversários. Queremos fazer um debate sobre a verdade. Já vencemos na Justiça e estamos vencendo na política – disse a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, à Folha de S.Paulo.
Ela disse ainda que a proposta do PT será a “vida do povo”.
– Nossa proposição maior é discutir a vida do povo, como tirar o país dessa crise, melhorar a renda, retomar a soberania nacional. Não nos furtaremos a fazer o debate da corrupção, mas queremos mostrar como esse tema foi utilizado numa estratégia de perseguição política.
A sigla defende também que acusações contra o presidente Jair Bolsonaro devem ser tratadas com cautela durante a campanha.
Alguns petistas defendem que é urgente uma autocrítica sobre corrupção.
– Essa é uma autocrítica que o PT poderia fazer, de ter utilizado a corrupção como arma para desqualificar o oponente. Temos de desqualificar no confronto de ideias, não em práticas udenistas, lacerdistas, porque isso leva a golpe de Estado – falou o ex-deputado federal Wadih Damous (PT-RJ).
Para Tarso Genro, ex-ministro da Justiça, o PT não deveria polarizar demais sobre corrupção em 2022, pois isso “degrada o debate político”.
– Corrupção é um tema importante, mas não o principal. Pandemia, milícias e deterioração das políticas sociais são mais relevantes hoje – avaliou.
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