A procura pelas segundas doses tem sido muito positiva em
Campo Bom, e em todas as ações de aplicação do imunizante, não houve
perda de vacinas por baixa procura. Das pessoas que já deveriam ter
completado a imunização, considerando o período de 30 dias entre as
vacinas, somente não o fizeram devido à insuficiência de doses.
Ocorre
que o Instituto Butantan, fabricante da CoronaVac, está com as remessas
em atraso devido à falta do insumo necessário para produção do
imunizante. Considerando isto, a Secretaria Estadual de Saúde não tem
recebido doses do Governo Federal e, portanto, não possui estoques da
vacina para repassar às prefeituras, e por isso as segundas doses
encontram-se em atraso – o que independe do Município.
No
que cabe à Administração Municipal, esta não tem medido esforços e vem
buscando agilizar a vacinação ao máximo, montando estratégias em poucas
horas e na maioria das vezes vacinando no dia seguinte ao recebimento
das doses, porque acredita que as vacinas devem estar à disposição da
comunidade, e não estocadas. Inclusive, diante da situação de atraso nas
doses, o Município já está elaborando um método para, assim que os
imunizantes chegarem, priorizar a vacinação daquelas pessoas que estão
com a segunda dose atrasada, ou seja, fizeram a primeira dose há mais de
30 dias.
Importante ressaltar que tanto o
prefeito Luciano Orsi quanto o secretário da Saúde, João Paulo
Berkembrock, seguem pressionando os governos Estadual e Federal para a
liberação de mais vacinas para Campo Bom, bem como cobrando ações
objetivas para acelerar a vacinação em toda a região.
O
Programa Nacional de Imunizações (PNI) deixa claro que a aquisição de
vacinas é competência legal e administrativa do Governo Federal, e o
Município entende os empecilhos existentes para a compra pelas
prefeituras, no entanto, buscando agilizar uma possível aquisição, Campo
Bom aderiu ao Consórcio Público para compra de vacinas, liderado pela
Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e também criou projeto de lei que
autoriza a compra individual do imunizante. Estas medidas são uma
tentativa de resolução caso o envio de doses por parte do Ministério da Saúde se mantenha insuficiente à demanda das cidades.
Em
um cenário em que todos encontram-se ansiosos pela vacina, a Prefeitura
busca transparência na divulgação das informações e destaca, mais uma
vez, que conta com profissionais suficientes e equipes preparadas para
vacinar a população em larga escala e rapidamente, se o quantitativo de
doses disponibilizadas for suficiente. Enquanto isso, Campo Bom aguarda
novas orientações do Governo Estadual para seguir com a imunização.
Foto: Gabriel Silveira/PMCB
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