Com a participação das 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher do RS, além de 140 Delegacias de Polícia, e coordenação da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam) da Polícia Civil, foi deflagrou, na manhã desta sexta-feira (6/8), a Operação Margaridas. A finalidade é combater a violência doméstica e familiar contra a mulher em diferentes regiões do Rio Grande do Sul no mês em que se lembram os 15 anos de publicação da Lei Maria da Penha.
Nesta manhã (6/8) está em andamento a segunda fase da operação, em que 186 policiais cumprem 51 mandados de prisão, 82 mandados de busca e apreensão em 163 cidades. Já foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e uma prisão em flagrante. Também são verificadas 273 denúncias de violência doméstica recebidas pelo disque-denúncias.
A primeira fase da Operação Margaridas teve início com a ação de 521 agentes na apuração de 588 disque-denúncias, instauração de 3.876 inquéritos policiais, remessa de 4.357 inquéritos policiais ao Judiciário, 164 cumprimentos de mandados de busca e apreensão, 129 prisões preventivas e 104 prisões flagrante, bem como 4.629 atendimentos às vítimas como forma de prevenção e informação.
De acordo com a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher do RS (Dipam/DPGV), a Operação Margaridas tem por objetivo demonstrar o compromisso da Polícia Civil no enfrentamento da violência contra a mulher, com esse olhar voltado para a importância do atendimento acolhedor e humanizado para a vítima, mas também com a repressão qualificada dos crimes, com a certeza de que não haverá impunidade aos agressores.
A delegada Caroline Bamberg Machado, diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis, destacou o aumento significativo das operações policiais no âmbito da violência doméstica, bem como as ações de prevenção são fundamentais para que as vítimas sintam confiança em denunciar seus agressores e romper o ciclo de violência.
Chefe de Polícia, a delegada Nadine Anflor destacou que operação denota uma realidade diferente de 15 anos atrás. “Lembramos mais um ano da Lei Maria Penha, que possibilitou ações efetivas de enfrentamento à violência doméstica e de proteção às vítimas”, disse.
Ainda conforme a delegada Nadine, “apesar da lei e suas inovações constantes, continuamos contabilizando diariamente mortes de mulheres simplesmente pela questão de gênero”. E reafirma que “a cultura sexista precisa ser enfrentada, não só com a punição dos autores dos crimes, mas também com uma mudança de olhar sobre a violência doméstica”.
Nadine acrescentou que o dever é seguir trabalhando na identificação dos autores para que a punição efetivamente ocorra e, paralelamente a isso, com ações de repressão como as desta sexta (6) para impedir que novas mulheres sejam agredidas. “Nesse aspecto, é primordial a atuação operacional efetiva no enfrentamento à violência doméstica, aliando a qualidade das investigações criminais com ações policiais planejadas e bem executadas”, acrescentou.
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