O combate à violência contra a mulher é levado a sério em Campo Bom e o Município adotou medidas que reforçam o compromisso nos últimos meses, como a adesão ao Comitê Intermunicipal de Fortalecimento da Rede de Políticas para Mulheres do Rio Grande do Sul em abril. O objetivo agora é atacar a reincidência deste tipo de violência e para tanto discute-se a criação de grupos reflexivos de gênero para agressores.
O modelo aposta na reeducação dos homens envolvidos em situação de violência contra a mulher. O agressor terá de participar de encontros, a princípio realizados dentro do Fórum, e será intimado a fazê-lo por meio da expedição da medida protetiva. “Depois de importantes ações para proteger a vítima, o propósito é, de fato, evitar que as mulheres, já fragilizadas, voltem a sofrer o terror da violência doméstica”, afirma a primeira-dama Kátia Orsi.
Para Silvia Cristina Maciel, assistente social do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) de Sapiranga e uma das idealizadoras da proposta ao lado da primeira-dama, Campo Bom está muito à frente de outros municípios. “A iniciativa não é nova, mas geralmente parte do Poder Judiciário, são poucos os lugares que contam com o olhar mais atento do Executivo, o que vai ajudar na efetividade da medida”, observa.
Pelos esforços empregados no combate à violência contra a mulher, Campo Bom foi recentemente cadastrado na Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, do governo federal, como referência para atendimento às vítimas.
Uma reunião para debater os próximos passos a serem dados para a implantação dos grupos ocorreu ontem, dia 21, na Prefeitura. Além da primeira-dama Kátia Orsi e da assistente social Silvia Maciel, participaram o delegado Clóvis Nei da Silva, titular da Polícia Civil no Município; o comandante da Guarda Municipal de Campo Bom (GMCB), Emerson Edinei Lopes; Rosalino Seara, secretário de Segurança e Trânsito; Vanessa Sommer, secretária de Desenvolvimento Social e Habitação em exercício; Luciane Taufer, coordenadora da Divisão de Assistência Social; Ione Georg Pedde, técnica de referência da SMDSH; Lúcia Cristovam, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM); e Aline Ester Grün, coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
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