O governo russo aprovou, nesta segunda-feira (7), uma lista de países considerados hostis. O Brasil ficou fora da relação, ao passo que Estados Unidos, Japão, Canadá, União Europeia, entre outros, estão incluídos na lista de inimizades.
A notícia foi divulgada pela agência de notícias Tass. Entre os países considerados rivais pelo presidente Vladimir Putin, estão Austrália, Albânia, Andorra, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Islândia, Japão, Liechtenstein, Macedônia do Norte, Micronésia, Mônaco, Montenegro, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido, San Marino, Singapura, Ucrânia, os 27 países da União Europeia, Suíça e Taiwan.
A lista foi aprovada pelo primeiro-ministro Mikhail Mishustin e faz parte de decreto de Putin intitulado “Sobre o procedimento temporário para o cumprimento das obrigações para com certos credores estrangeiros”, promulgado no último dia 5.
Todas as nações presentes na relação anunciaram sanções econômicas contra a Rússia em razão da invasão à Ucrânia.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, optou por adotar uma postura de “isenção” no conflito, e de “respeito a todos”.
– Hoje temos um problema a 10 mil quilômetros daqui, e a nossa responsabilidade em primeiro lugar é com o bem-estar do nosso povo. A nossa postura tem mostrado para o mundo como estamos reagindo nesse episódio. Estamos conectados com o mundo todo, o equilíbrio, a isenção e o respeito a todos se faz valer pelo chefe do Executivo – declarou na última sexta-feira (4).
No último dia 24 de fevereiro, o chefe do Executivo desautorizou uma fala do vice-presidente, Hamilton Mourão, que condenou as ofensivas russas e comparou Vladimir Putin ao ditador da Alemanha nazista, Adolf Hitler.
– Quem fala desse assunto é o presidente, e o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro, e ponto-final. Então, com todo respeito a essa pessoa [Hamilton Mourão], ela está falando algo que não lhe deve, que não é de competência dela, é de competência nossa. Quem está falando está dando peruada naquilo que não lhe compete – declarou Bolsonaro.